A indicação de palmilhas biomecânicas para IDOSOS tem crescido na prática clínica e sustentado pelas evidências científicas (TODA et al. 2001, GROSS et al. 2012, HUNT et al.2017) como uma intervenção clínica eficaz para prevenir, tratar e melhorar a funcionalidade.
Quais aspectos devem ser considerados para prescrição de uma palmilha ortopédica para esse público?
Em primeiro lugar devemos analisar aspectos estruturais e anatômicos como formato do pé, tipo de pisada, flexibilidade, força muscular e amplitude de movimento disponível principalmente do complexo tornozelo pé e quadril. Em seguida, devemos avaliar as alterações biomecânicas da marcha relacionadas à idade. É importante levar em consideração como essas mudanças impactam positivamente ou negativamente na funcionalidade do paciente. Devemos compreender se aquela disfunção apresentada diz respeito a uma adaptação ou uma compensação para executar determinada função e se é realmente necessário intervir (KIRKWOOD et al. 2013).
Em seguida, fazemos uma análise criteriosa sobre o tipo de calçado que o idoso utiliza. Os calçados mais indicados são tênis ou sapatos fechados, com a presença de um contraforte, de preferência com cadarço para ajuste do cabedal e com a entresola mais rígida. O aspecto da rigidez do calçado é relevante nessa prescrição, uma vez que calçados flexiveis e macios oferencem mais instabilidade ao pé e podem desfavorecer o equilíbrio em idosos e consequentes quedas (SOUZA et al. 2017) e calçados mais rígidos oferecem mais suporte e controle no movimento.
Por fim, é imprescindível o acompanhamento frequente do Fisioterapeuta junto a familia para analisar a adaptação do indivíduo à ortese para garantir uma boa adesão e resposta.
Por Dra. Cintia Freire
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